sábado, 2 de maio de 2015

Publicidade

PROJETE E CONSTRUA SUA RESIDÊNCIA


COM A QUALIDADE E PONTUALIDADE DA


Av. Rui Barbosa, n.º 626, 1º Andar, Loja n.º 11
Heliópolis, Garanhuns/PE
www.gsnengenharia.blogspot.com.br
gsnengenharia@gmail.com
(87) 3763.5200

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Light Steel Framing




O uso do sistema light steel framing, ou simplesmente steel frame, como ficou mais conhecido, é recente na construção civil brasileira. A técnica construtiva começou a ser difundida no Brasil no final da década de 1990, quando vantagens como leveza, rapidez de construção, baixa geração de resíduos e facilidade começaram a atrair a atenção de clientes para a solução, sobretudo nos seguimentos comercial e industrial. No nicho residencial, o sistema está longe de decolar, mesmo com o horizonte de construções para atender programas habitacionais como o Minha Casa, Minha Vida pela frente.

Além das barreiras culturais, a falta de norma técnica capaz de orientar as etapas do sistema é dos principais entraves para o amplo uso no segmento de habitações populares, que exige longa jornada de comprovação tecnológica para aprovação de projetos.

Por enquanto, o único texto de referência é a diretriz Sinat (Sistema Nacional de Avaliações Técnicas) n.º003 – Sistemas construtivos estruturados em perfis leves de aço conformados a frio, com fechamento em chapas delgadas (sistemas leves tipo “Light Steel Framing”), criado pelo Ministério das Cidades. Hoje, esse é o documento mais importante para quem pretende financiar obra com a Caixa Econômica Federal.

Outro ponto desfavorável à difusão é o custo, 7% mais caro do que a alvenaria (segundo estudo realizado pelo departamento de engenharia da PINI). Por outro lado, fabricantes e construtores especializados contra-argumentam que orçamentos em steel frame possuem pouca variação. O orçamento sempre bate com o custo final da obra, diferente do sistema convencional.

Atenção ao projeto

Composto por perfis leves de aço galvanizados, fechamentos em placas cimentícias, OSB (Oriented Strand Board) ou placas de gesso acartonado, isolantes termoacústicos e impermeabilizantes, além de instalações elétricas e hidráulicas, o steel frame permite a construção de edifícios com até sete pavimentos. No entanto, costuma ser mais competitiva a construção de casas térreas, sobrados e edifícios baixos com até quatro pavimentos.

O ideal é que a obra seja arquitetonicamente concebida para o sistema, o que contribuirá para melhor aproveitamento de benefícios como rapidez de execução e redução de desperdícios. A etapa de projetos requer atenção especial em função da diversidade de materiais e componentes empregados e das diversas interfaces entre componentes e elementos construtivos. A análise das soluções não deve ser feita de forma isolada, sem levar em conta o comportamento global do produto. Caso contrário, fatalmente resultará em diminuição do desempenho.

Cuidados e limitações

Componentes mal-especificados e descuidos durante a execução podem comprometer a qualidade e a durabilidade da edificação. O steel frame não aceita excentricidades, exige ajustes perfeitos e parafusamento e prumos corretos. Também não é qualquer profissional que pode montar o sistema.

Entre os erros mais comuns de execução estão a utilização de parafusos inadequados, isolamento entre o solo e perfis inadequados e ausência de contraventamentos, responsáveis pela resistência da construção a cargas horizontais como esforços gerados pelos ventos. A falta de proteção dos perfis de aço e das chapas de fechamento contra umidade, contato direto de componentes com potenciais eletrolíticos e ausência de vedação nas tubulações de gás internas à parede também são descuidos que podem prejudicar o bom desempenho do conjunto.

Do ponto de vista estrutural, o steel frame apresenta limitações, como as espessuras dos perfis. O mercado oferece apenas as opções de 0,8mm, 0,9mm e 1,25mm. Se quisermos usar perfis mais robustos, acima de 2,5mm, não é possível, pois não há máquinas que dobrem perfis nessas dimensões, limitando o tamanho dos vãos e engessando o sistema.

Fonte: Revista Construção Mercado n.º125 da editora PINI

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Vendas transparentes




Ao conceber a publicidade de um empreendimento imobiliário residencial, o incorporador precisa ter consciência de que a compra de um imóvel é dos investimentos mais vultuosos feitos pelos consumidores ao longo de sua vida. Logo, é preciso cuidado para não explorar de forma inidônea as sensações e desejos envolvidos nesse ato.

Por isso, o Código de Defesa do Consumidor torna todo tipo de publicidade parte do contrato de compra. Ou seja, passível de ser utilizada em ações contra o vendedor. Nesse contexto, é julgada inadequada toda publicidade que dá margem a interpretações divergentes. Ao lançar um produto, além de estar de acordo com a Lei de Incorporações Imobiliárias, é necessário conhecer as regras acordadas entre o mercado e o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).

Responsável pela regulamentação das normas éticas aplicáveis à propaganda, o CONAR determina que os anúncios não abusem da confiança do consumidor e não se beneficiem da sua falta de conhecimento. Assim, não devem conter textos ou imagens que, direta ou indiretamente, induzam enganos.

Se, por um lado, as novas tecnologias não levaram à extinção dos panfletos de rua, por outro, o acesso à internet estimulou a criação de materiais de divulgação mais fiéis. Com o desenvolvimento de sites pelas incorporadoras e presença maciça nas redes sociais, há maior preocupação em fornecer informações fiéis ao que será entregue.

Trabalho conjunto

A divulgação de imóveis é feita principalmente por flyers distribuídos nas ruas e anúncios veiculados em sites, revistas, jornais, emissoras de TV e celulares. Independentemente da mídia escolhida, a propaganda deve destacar produto, ponto e preço.

No caso da TV, essas informações básicas são transmitidas de forma bem sintética, com perspectivas e maquetes. Em geral, o anunciante tem apenas 30 segundos e, por isso, é preciso cuidado extra com possíveis ambiguidades.

Na internet, dados que chamam a atenção do cliente exigem a mesma cautela, pois o site completo do empreendimento deve estar de acordo com o que foi anunciado. O ambiente virtual é interessante por garantir o impacto da TV (pela possibilidade de incluir vídeos e galerias de fotos), e o detalhamento dos meios impressos.

Documento valioso

O folheto disponibilizado no estande de vendas é o mais detalhado e provavelmente o único que será guardado pelos compradores. Dessa maneira, tende a ser a principal arma contra os incorporadores quando o que é entregue não corresponde ao que está impresso.

Ele funciona como roteiro para o corretor e costuma ter estrutura padrão. As páginas iniciais trazem o conceito do produto e precedem mapas com atrativos da região. A seguir figuram perspectivas da fachada e do empreendimento visto de cima e, depois, detalhes da área comum. Aparecem, então, as opções de planta e a localização de cada unidade.

Embora não seja obrigatório, o folder pode incluir o memorial descritivo. No entanto, é imprescindível deixar claro o que é apenas elemento de decoração, além de incluir o número do registro de incorporação. Em alguns modelos, há, ainda, depoimentos de pessoas que já fecharam negócio, e estes precisam ser genuínos, conforme determinação do CONAR

Fonte: Revista Construção Mercado n.º125 da editora PINI

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Aditivos para argamassa




O mercado oferece grande quantidade de tipos de aditivos que podem ser acrescentados às argamassas de revestimento, transformando as características do material e melhorando a eficiência em diversos aspectos. A seleção do aditivo deve atender a critérios técnicos ligados as características desejadas para as argamassas, levando em conta as matérias-primas utilizadas na produção das mesmas.

Tanto argamassas rodadas em canteiro como as industrializadas podem receber aditivos, embora geralmente as industrializadas já venham acrescidas de algum produto. Nos casos em que o aditivo é acrescentado na argamassa feita em obra, deve-se observar atentamente as instruções do fabricante. Alguns fornecedores oferecem visitas técnicas à obra e treinamento.

A NBR 13281, que traz requisitos para a argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos, não define quantidades ou mesmo padrões de qualidade para os aditivos. O texto também não determina se é o engenheiro químico ou civil o responsável pela manipulação de aditivos na mistura da argamassa.

Na prática, a aditivação é feita pelos profissionais do canteiro e o responsável pela especificação acaba sendo o projetista. Os aditivos mais usados no Brasil atualmente são os incorporadores de ar, impermeabilizantes e condicionadores de aderência.

Incorporadores de ar

Este produto modifica a argamassa pela incorporação de microbolhas de ar, tornando-o mais homogênea e maleável. Daí o efeito plastificante do aditivo. É importante que as bolhas se mantenham estáveis ao longo da aplicação da argamassa e que tenham dimensões entre 0,02mm e 1mm, no máximo.

O ar é incorporado à mistura de acordo com a energia que se aplica na preparação. Ou seja, além da quantidade correta de aditivo, é preciso atentar ao tempo de mistura, para evitar o excesso de incorporação de ar. A betoneira não é o melhor equipamento para preparação de argamassa neste caso, mas sim o misturador de eixo horizontal.

A argamassa com incorporador de ar requer quantidade menor de água para alcançar a mesma plasticidade de uma argamassa não aditivada, já que as microbolhas retêm um pouco mais de água. Isso reduz a retenção e, portanto, diminui o risco de trincas. Por outro lado, as bolhas causam redução da resistência mecânica e da aderência. Outro efeito do aditivo é retardar a secagem da argamassa.

Impermeabilizantes

São aditivos que reduzem a absorção de água, ideal para aplicação em clima úmido e em reservatórios de água, como piscinas e tanques. No entanto, a impermeabilização é limitada, ou seja, não existe argamassa 100% impermeável. Como não há norma brasileira, toma-se como base as normas americanas, que determinam que o produto deve reduzir 50% da absorção em relação a uma argamassa não aditivada.

O aditivo impermeabilizante é especialmente sensível à dosagem. Em pequena quantidade, não faz efeito; em grande quantidade, pode ocasionar fissuras severas. Outro ponto importante a ser observado é a homogeneidade da mistura, para evitar que o aditivo se concentre apenas numa parte da argamassa, tornando os poros muito fechados e comprometendo a aderência.

Condicionadores de aderência

Esse tipo de aditivo melhora a aderência química da argamassa ao substrato. Composto por polímeros sintéticos, no Brasil é usado principalmente no chapisco. Dosagens mais baixas que o recomendado reduzem a eficiência, mas não prejudicam o resultado normal da argamassa e, mesmo nesse caso, pode-se perceber benefícios. Como é um polímero, também resulta em certo nível de impermeabilização e, se aplicado em excesso, causa falhas de aderência.

Há muitos outros tipos de aditivos no mercado. Os aceleradores, como diz o nome aceleram a secagem da argamassa. Os retardadores fazem justamente o oposto, permitindo a execução de panos maiores de revestimento. Já os estabilizadores são retardadores a longo prazo, travando a reação química por 48 horas ou até 72 horas.

Existem ainda inibidores de corrosão, indicados para áreas onde há maior contato da argamassa de revestimento com peças de aço. Os plastificantes e superplastificantes, mais comuns na argamassa industrializada, reduzem o consumo de água e melhoram a maleabilidade. As fibras são usadas para resolver problemas de retração ou em casos onde há tendência ao fissuramento. Por fim, os pigmentos são aplicados para colorir a argamassa.

Além da aplicação individual, os produtos podem ser combinados entre si, agregando mais qualidades à argamassa. Uma ressalva importante é que toda adição deve ser executada de acordo com as dosagens e orientações feitas pelos fabricantes. Um erro de dosagem pode comprometer o desempenho da obra.

Fonte: Revista Construção Mercado n.º130 da editora PINI

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Fôrmas de alumínio para paredes de concreto



Surgidas nos Estados Unidos, as fôrmas de alumínio para paredes de concreto são formadas por painéis com chapas e perfis metálicos estruturados. Para diminuir seu peso sem comprometer a resistência, são fabricadas em liga especial, com peso máximo de 60 kg, o que permite o transporte manual. O processo de construção com fôrma de alumínio é simples e, em alguns casos, viabiliza a conclusão de casas em apenas uma semana, com desenforma em dois dias.

Comparando com tijolo cerâmico na utilização de fôrmas de alumínio para paredes de concreto, se economiza 40% do tempo. Em relação a alvenaria estrutural, se economiza 20%.

A escala de construção é fator determinante para definir e calcular a diluição do custo de aquisição do sistema de fôrmas. O metro quadrado das fôrmas custa, em média, R$ 900,00 (novecentos Reais). Dessa maneira, considerando um apartamento de 40 m² com dois dormitórios, são necessários aproximadamente 400 m² de fôrma. Com R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil Reais), portanto, é possível adquirir um jogo de fôrmas que possibilite a concretagem simultânea de dois apartamentos, incluindo núcleo e escada. A fabricante garante até mil utilizações, mas assegura que, manuseado e limpo corretamente, o sistema alcança dois mil ciclos.

Há, ainda, a alternativa de locação, que possibilita às construtoras testar a tecnologia. As construtoras estão utilizando fôrmas de alumínio devido à falta de mão de obra especializada e à rapidez com que se precisa construir as unidades.

A afirmação baseia-se na redução de prazo de construção alcançada pelas empresas ao substituir alvenaria por paredes de concreto executadas com fôrmas de alumínio. No caso em questão, um prédio com 440 apartamentos é concluído em 12 meses. Se fosse em alvenaria, o prazo previsto seria de 18 meses. São seis meses a menos de custos com funcionários, locação de equipamentos e encargos sociais. Ao reduzir o tempo de construção e também a quantidade de pessoas trabalhando, o custo diminui. Dependendo da escala do empreendimento, o custo do imóvel pode cair até 30%.

Esse tipo de tecnologia proporciona estruturas aprumadas e com boa qualidade de acabamento superficial. A pintura pode ser feita diretamente, sem necessidade de acabamento. Às vezes, não precisa nem de gesso, o que também acarreta em redução de custos. Há ressalvas, no entanto, para a pouca quantidade de fornecedores, o custo elevado e a coordenação modular dificultada.

Uso prolongado

Os fabricantes asseguram que as fôrmas de alumínio não demandam mão de obra especializada. No entanto, a falta de cuidado durante o uso coloca em risco a vida útil das peças. Para prolongar a durabilidade, “o martelo tem que ficar longe da fôrma, porque provoca deformações”. Também deve haver cuidado com a limpeza. Antes da concretagem, o fabricante recomenda a aplicação de desmoldante à base de óleo vegetal e, para auxiliar na limpeza posterior, as peças devem receber jatos de água pressurizada.

Fonte: Revista Construção Mercado n.º121 da editora PINI