Utilização de projetores de argamassa tende a
crescer entre as construtoras que correm atrás de alternativas para diminuir a
interferência humana e agilizar a execução de revestimentos
Produtividade, uniformidade e garantia de bom
desempenho são algumas das características prontamente associadas as argamassas
projetadas. Seja por canequinha ou bombas, o uso correto desses métodos de
projeção, garantem os especialistas, traz uma série de vantagens para as
construtoras que desejam minimizar interferências humanas, melhorar a
performance das suas edificações e agilizar a etapa de execução dos
revestimentos.
A projeção permite melhor compactação da
argamassa por lançar o material em grânulos pequenos, que se acomodam melhor,
diminuindo a quantidade de defeitos na interface entre a argamassa e a
superfície, bem como o volume do material aplicado. Outro ponto alto da
projeção é a garantia de constância da energia de lançamento obtido pelo uso de
equipamentos, dificilmente alcançado manualmente. Essas características
combinadas resultam em uma aderência maior e mais uniforme da argamassa.
Em função desses benefícios, a utilização da
argamassa projetada é altamente recomendada em revestimentos internos e de
fachadas. Atualmente, as empresas que pretendem partir para a mecanização
encontram no mercado brasileiro dois tipos de projetores: por spray de ar
comprimido com recipiente acoplado, popularmente conhecido como canequinha, e
por bombas. O primeiro método ganhou força, principalmente entre as
construtoras paulistas, graças a sua facilidade de operação, custo menor do
equipamento e treinamento mais rápido da mão de obra, além de apresentar riscos
menores de entupimento e dispensar o uso de argamassas especiais.
Já o projetor por bomba é uma tecnologia mais
sofisticada, pois permite um fluxo continuo de projeção – ante o ciclo
intermitente, de enche e esvazia, da canequinha -, garantido maior qualidade e
produtividade da aplicação. Por outro lado, o método demanda argamassas
especialmente engenheiradas para esse fim.
As argamassas para projeção são formuladas
para reduzir o módulo de elasticidade. Além disso, recebem aditivos que reduzem
a absorção de água e outros componentes que podem facilitar etapas posteriores
de execução (como acabamento, por exemplo), garantindo menor tempo de puxamento
e maior trabalhabilidade da massa. Tonelada por tonelada, esse tipo de
argamassa é mais cara, mas, na hora de avaliar números, o importante é ponderar
o custo final do metro quadrado da parede pronta.
Mudança de processos
A simples troca da colher de pedreiro pela
bomba de projeção ou canequinha, no entanto, não é garantia de ótimo resultado
no desempenho do revestimento. Na hora de avaliar o desempenho, é preciso
avaliar o sistema como um todo e não apenas o equipamento.
O ideal é prever o uso dos projetores ainda
na fase de projeto, já que a produtividade e viabilidade técnica e econômica da
projeção são consequência direta da correta implantação e de outras condições
relacionadas à própria obra. Em revestimentos externos, por exemplo, os custos
devem ser avaliados levando em conta o desenho da fachada. Quanto mais
complicado e detalhado for o projeto arquitetônico do revestimento, maior será
o tempo gasto para realizar as etapas de seguintes à da projeção, interferindo
no ganho de produtividade para a execução de todo o conjunto. A produtividade
da equipe, em termos de homens-hora, aumenta consideravelmente enquanto ocorre
o processo de projeção. No entanto, essa tecnologia demanda um tempo
significativo de ajuste para colocar a máquina e a equipe em operação.
Garantir o perfeito funcionamento dos
equipamentos em obra também é crucial para o bom desempenho do sistema. O
projetor por bombeamento exige manutenção adequada, mas os problemas com
entupimento podem ser facilmente evitados utilizando-se argamassas corretamente
formuladas para esse fim e desde que os operários mantenham e respeitem os
detalhes de uso da máquina. Após a jornada diária de trabalho, deve-se fazer a
limpeza nos mangotes e, a cada intervalo de uso de mais de uma hora, a limpeza
do bico de projeção.
Fonte: Anuário PINI construção 2012.
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